Veja 4 as danças típicas do Folclore Peruano

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Marinera - Group Travel Perú

Olá blogueiros, hoje irei falar sobre as danças típicas do Peru. Saiba mais lendo no nosso blog em português.

Vamos escrever sobre apenas 4 dancas, podem parecer pouco, comparados com os inúmeros grupos folclóricos que o Peru preserva nas suas regiões. Estima-se que o país possua cerca de 800 tipos de danças e, por isso, não poderíamos falar aqui de todas elas.

Então a gente separou as mais conhecidas do Peru, veja a abaixo a lista que fizemos:

Os Caporales

Na verdade, os caropoles são a recriação de várias danças peruanas e bolivianas e nasceram, mais precisamente, nas margens do Lago Titicaca, na fronteira dos dois países. A sua origem vem da Tundique, um outro tipo de dança, que só era executada por homens que, ao mesmo tempo, tocavam os seus tambores. Nele, os homens deixavam os bombos para que as mulheres os pudessem acompanhar.

Pouco depois, com influência de outras danças peruanas, surgiu Saya, com movimentos mais elegantes e delicados por parte das mulheres. Entre as personagens apareceu o caporal, um capataz escolhido pelos espanhóis na época colonial para supervisionar o trabalho dos escravos e que conduz a dança com o apito e o chicote.

À medida que o número de caporales crescia, começou uma nova dança: Los caporales. O ritmo é embalado pela guitarra, pela flauta, pelo bombo e por uma espécie de sandália que os homens usam nas botas.

Marinera

A Marinera é uma das mais tradicionais do país e é divindade de dois grupos: Limeña e Norteña. O primeiro, como o próprio nome sugere, vem de Lima e é mais suave e elegante que o segundo.

Norteña, do norte do país, é um pouco mais enérgica e acaba por ser um pouco mais impressionante. A sua origem remete para uma festa africana chamada Zamacueca, que se inspirava no acasalamento do galo e da galinha. A dança teve vários nomes diferentes, mas tornou-se Marinera em homenagem à Marinha durante a guerra do Peru.

Nas atuações, o casal dança e namorisca literalmente. O homem veste um fato elegante, com sapatos brilhantes e chapéu. A mulher, por sua vez, usa vestidos compridos e lenço na mão, o que lhe confere toda a elegância e leveza aos seus passos. Uma curiosidade muito interessante é que na Marinera Limeña a mulher usa saltos, enquanto na Norteña anda descalça.

Dança de tesoura

Traduzindo literalmente, seria “dança de tesoura”. O que faz muito sentido, afinal os bailarinos atuam, de facto, com uma enorme tesoura nas mãos, e é uma mistura de dança e acrobacia. Danza de Tjeras foi reconhecida pela UNESCO como Património Cultural da Nação em 1995 e é motivo de orgulho para o seu povo.

Tal como muitas outras danças peruanas, esta é também de origem indígena e surgiu na região de Ayacucho, mas espalhou-se por todo o país, onde também é dançada em Huancavelica e Apurímac, por exemplo. Os dançarinos são chamados Supaypa, Wasin, Tusuq ou Danzaq, que significa dançarino da casa do diabo.

Reza a história que no século 16 videntes, bruxas e curandeiros foram perseguidos e chamados de filhos do diabo “supaya wawan, em quéchua”, e refugiaram-se nas zonas mais altas do país. Para regressar às suas cidades, os “filhos do diabo” deverão dançar em honra de Deus, envergando trajes espanhóis. As tesouras foram feitas pelos auquis, divindades indígenas, e o som que reproduzem viria da lagoa Yauruviri.

No entanto, como muitas histórias do Peru, algumas estão misturadas com lendas e crenças, o que torna este país cheio de magia e encantos ainda mais misterioso.

Huaylash

Popularmente, esta dança peruana chama-se Huaylas e pode ser comparada a uma espécie de sapateado, mas com todo aquele toque especial dos Andes. A sua origem está ligada à região de Huancayo.

Mais vocês podem ver esta dança em outras regiões, como Lima, Cusco e Huancavelica, por exemplo …

A palavra Huaylarsh vem da antiga língua aimará e significa “campo verde”. Acredita-se que as suas celebrações estão associadas à mundividência andina da cultura Wanka, muito antes dos Incas. Esta dança é marcada principalmente pela força do sapateado e das palmas, sempre acompanhadas de gritos de alegria, tanto de homens como de mulheres.

A celebração pode representar uma série de acontecimentos, como a celebração da colheita (Huaylla), o “paquera” entre dois jovens (Huayllu), uma luta entre homens ou uma competição entre homens e mulheres (Waylas).

Os fatos também são muito característicos, cheios de cores, bordados e detalhes. Quem quiser conhecer pode procurar apresentações em Lima, que costumam acontecer durante todo o ano em centros culturais, praças e salas de concerto.

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